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quarta-feira, 29 de setembro de 2010

O DF que Queremos

Construir o "Mapa do DF que Queremos" tem sido a minha principal missão na campanha do André (http://www.andrelima2010.com.br/). Nessa construção, visitamos muitos lugares, pessoas, projetos. Conhecemos tanta gente bacana! Tanta gente fazendo tanta coisa bacana! O outro mundo possível já está começando a acontecer. Bem na frente dos nossos olhos... que se espalhe pelo DF inteiro, pelo Brasil inteiro, pelo Planeta inteiro...


O Mapa é colaborativo, participativo, em permanente e dinâmica construção. Todos são convidados a participar: http://www.odfquequeremos.com.br/.

Alguns dos momentos que vivemos estão registrados no vídeo "O DF que Queremos". Fiz duas versões. Uma tem 15 minutos e contém falas preciosas das pessoas que conhecemos ao longo do caminho. O outro é um "resumo" e tem 7 minutos. Sugiro que assistam o de 15 minutos; vale a pena.

1) versão completa (15 min) - www.youtube.com/watch?v=7jZRBq83UoU
2) versão reduzida (7 min) - www.youtube.com/watch?v=eZch6WYLdeA

Começou a contagem regressiva... as eleições serão daqui a 4 dias! Que sejam eleitos aqueles capazes de contribuir com a construção do Brasil que Queremos! O Brasil da sustentabilidade socioambiental, da justiça, da felicidade e da paz.

quarta-feira, 22 de setembro de 2010

Sou + 1 com Marina Silva e André Lima



Minha contribuição às campanhas dessas duas pessoas tão especiais. Cada dia de convivência com o André me faz acreditar mais e mais forte que tudo é possível... principalmente se esse tudo estiver conectado com o bem, o amor, a solidariedade, o carinho, o respeito e a confiança.

terça-feira, 21 de setembro de 2010

Água e Fogo, Fogo e Água

Nessa seca, praticamente todo o DF queimou.
Aliás, há fogo em tantos lugares do país que nem carece nomear.
E isso é grave. É muito grave.
Porque, como não canso de repetir, é na vida que está a água.
A água vive em movimento, em trânsito e com destino imprevisível. A água precisa estar em constante movimento. Quando ela para, apodrece. Em movimento, ela muda de estado, de lugar, de temperatura, de organização molecular, formando diferentes tipos de cristais... nos mares e oceanos, nos rios e cachoeiras, nas geleiras, no ar e no fundo da terra... Essa é a água que vemos. E essa água só existe porque há vida na Terra. É na vida que a água se estabiliza um pouco. Essa é a água que não vemos.

Fora da vida, a água é altamente instável. Se o lugar esquenta um pouquinho, ela se torna vapor d’água. E o vapor d’água é leve. E sobe. Lá em cima, o vapor d’água se transforma em um dos mais poderosos gases provocadores do efeito estufa (mais do que o CO2). Com o efeito estufa, a Terra se aquece um pouquinho mais e, consequentemente, mais água vira vapor d’água. Na forma de vapor, as moléculas de água estão mais frouxas e permitem que a radiação solar atinja várias delas hidrolisando-as. Hidrolisar significa que o oxigênio se solta do hidrogênio. E como o hidrogênio é muito, muito leve, ele se solta para o espaço sideral. A água foge da terra, porque a água só faz sentido onde existe abundância de vida. Ela não tem mais o que fazer por aqui e vai embora.... que é a forma como os sistemas de vida funcionam. Florestas funcionam assim. Cada ser tem uma função... aquele que não tem função nenhuma a cumprir vai para outro lugar onde possa ser mais útil. Feliz da vida, numa boa. Porque sabe que assim estará cumprindo sua função e cumprir sua função é o que o faz feliz.
E onde está a vida? De que vida é essa que eu estou falando? Plantas, bichos, microorganismos... muitos, bilhões, em todos os lugares, em enorme quantidade. Imaginem uma floresta amazônica e todas as espécies que lá existem. Um rio amazônico, por exemplo, sozinho pode ter 200, 300 espécies diferentes de peixes!!! Oh.... Em todos os rios da Amazônia juntos há mais de 3.000 espécies diferentes de peixes!!!... com mais dezenas de milhares de espécies de plantas e milhões de espécies de microorganismos. O solo da floresta é todo coberto com no mínimo meio metro de pura matéria orgânica... folhas, galhos, sementes, flores, e bichos em decomposição alimentam os bichinhos do solo que produzirão enzimas que farão o mingau que alimenta a raízes das plantas que produzirão frutos que alimentarão aves que farão cocô que cairá sobre o solo e assim por diante indefinidamente durante milênios e mais milênios... em abundância de vida, sons, cores, cheiros, sabores e beleza.
E, esse ano, os seres humanos transformaram milhões de seres em cinza. E os milhões de litros de água que estavam nesses seres evaporaram e, leves, formaram uma nuvem de fumaça...
Ontem eu vi no céu essa fumaça... e vi pássaros, e vi cobras, e vi gatos selvagens... e eles me disseram que temos muito trabalho pela frente. Temos que colocar a mão na terra, plantar muitas sementes para, carinhosamente, chamarmos a água de volta à vida antes que ela hidrolise e se solte no espaço sideral...
* Quero honrar o Povo Nuvem, Ernst Gotsch, Fabiana Peneireiro, André Lima e Lovelock, que me ensinaram boa parte do que eu disse aqui.

sexta-feira, 10 de setembro de 2010

Focalizando Grupos

Colori essa mandala (um presente da Karina ao grupo de estudos sobre grupos do qual eu participo) meditando sobre o principal aprendizado que tive na nossa última oficina. Naturalmente (!), eu já sabia... mas... como todos sabemos... saber na teoria, no mental, na reflexão é uma coisa... saber na vivência, na ação, na emoção sentida, no choro e na gargalhada... é outra coisa... E é com essa outra coisa que o saber vira aprendizado e vira prática e vira hábito, postura, atitude, comportamento. Vivi uma experiência de grupo que jogou na minha cara a seriedade com que um focalizador deve observar seu grupo. Mais do que cumprir roteiros, horários, métodos, trabalhar com grupos significa observar cada participante com o coração, com respeito, com amor, com presença. Como aprendi isso? Não percebendo o que estava acontecendo com o grupo que eu focalizava. Me preocupei tanto em cumprir cada passo do roteiro que eu havia planejado, que esqueci de olhar nos olhos dos participantes... e os perdi... no meio do caminho... Foi uma experiência dolorida perceber isso. Foi duro admitir e assumir. Mas foi fundamental para meu amadurecimento como focalizadora... Sou grata pela experiência vivida e aprendizagem colhida. Que venham muitas outras... e que eu tenha olhos e ouvidos para ver e ouvir!